Resenha do livro: O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway.

     Esse foi o primeiro livro que li desse autor. Gostei bastante da história, sempre achei interessante tudo que se referisse à pescaria, mas nunca pensei que uma história assim poderia dar um livro tão interessante. O livro é curtinho e se você estiver disposto, dá para lê-lo tranquilamente em um único dia.

Sinopse: Essa é a história de um homem que convive com a solidão do alto-mar, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e sua inabalável confiança na vida. Esse é o fio do enredo - fio tenso como o que prende na ponta da linha o grande peixe que acaba de ser pescado - com o qual Hemingway arma uma das mais belas obras da literatura contemporânea. Há 84 dias que Santiago, um velho pescador, não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salao, ou seja, um azarento da pior espécie. Mas Santiago possui têmpera de aço, acredita em si mesmo, e parte sozinho para o mar alto, munido da certeza de que, desta vez, será bem- sucedido no seu trabalho.

     Santiago era um velho que parecia estar afeiçoado ao azar, pois há um grande número de dias não conseguia nada em suas pescarias. Manolin, o rapaz que sempre o acompanhava em suas pescarias, fora proibido pelo pai de continuar a acompanhar o velho, pois ele andava sem sorte. Assim, o velho parte sozinho para o mar, disposto a mais uma vez tentar sua sorte em alto mar.

     Qual não é sua surpresa quando percebe que sua maior linha fisgou um enorme peixe, que pelos puxões denunciava ser o maior peixe que ele já vira em sua vida. É então que começa a sua jornada em busca do peixe. O velho lhe dá linha quando convêm de modo que a mesma não arrebente - o que poderia ocorrer facilmente com um simples puxão do peixe - e ao nadar para longe, o peixe passa a rebocar o barco consigo. O velho é determinado e persistente, não desiste de maneira alguma. Está convencido a levar o peixe consigo de volta para casa.

     Se passam dias e noites e o esquife do velho continua a ser rebocado pelo enorme peixe. Ele está com as mãos machucadas, as costas e os ombros doídos e sua reserva de água está acabando. Ele lamenta não ter o rapaz consigo para ajudá-lo. Mas chega o dia em que, finalmente, o velho consegue fincar o arpão no peixe e como o mesmo era muito maior que o seu esquife, de modo que não caberia dentro sem afundá-lo, o velho o amarra ao lado. Mas enquanto navegam lado a lado, o peixe vai deixando atrás de si um enorme rastro de sangue, que logo chama inúmeros tubarões. Então começa a parte mais difícil da jornada do velho, que irá exaurir todas suas forças.

     Gostei bastante da história e me envolvi de tal maneira, que quase me vi lado a lado com o velho, ajudando-o a defender o tremendo peixe dos terríveis tubarões. Pelo menos essa foi minha vontade. O único ponto que achei meio ruim foi que, mesmo sendo um livro de apenas 69 páginas, ele não era dividido em capítulos, o que fica meio ruim caso você queira fazer uma pausa na leitura. Mas o livro é muito bom de se ler e para quem gosta de histórias desse tipo, com certeza é uma ótima pedida.

     Alguém já tinha lido ou ouvido falar?

Por Lerissa Kunzler.