Eterna Metamorfose.

     Tudo acaba um dia, num momento ou noutro. Nada dura para sempre, nem os pequenos momentos de tristeza, e nem mesmo os de alegria. Compreender a vida é uma tarefa inútil, mas é mais ou menos como uma pessoa... você julga que a conhece bem e de repente, do nada, ela dá uma reviravolta e lhe surpreende.

     Olhe ao seu redor. Tudo que você agora vê, toca, ou sente, um dia desaparecerá. Tudo mudará e acabará. Mais cedo ou mais tarde, as pessoas que você conhece irão embora da sua vida, ou talvez, inclusive desta vida. E um dia chegará a sua hora também, assim como a minha e a de todo mundo que por hora vive e respira. As coisas mudarão ainda mais.
O que hoje é importante, amanhã não terá mais valor; as paisagens sofrerão mudanças; os bons costumes e tradições sumirão aos poucos...

     É inevitável, mas essa é a vida. Embora tudo pareça ser uma metamorfose contínua, há uma coisa que nunca muda... Somos todos humanos, vivemos todos movidos por algo motivador, seja o que for. Buscamos apenas encontrar razões, ou talvez simplesmente ser feliz sem motivo explícito. Não somente a vida, mas também nós mesmos somos uma eterna mudança que não cessa jamais.

     Somos humanos e talvez seja por isso mesmo que nunca estamos totalmente contentes e realizados, que nunca encontramos definitivamente a paz e a felicidade que almejamos. Sempre há algo mais que buscar, que fazer, que sonhar. Somos instáveis.

     Porém, esta não é uma lição pessimista. Ao contrário. É esta eterna e interminável busca pelo que nos move que faz com que nossa vida comece todos os dias. A cada novo dia temos a chance de fazer diferente, de SER diferente. Essa é a graça e o sentido da vida.

     Sigamos em frente, sem nada temer, sem perder a oportunidade. Ainda há tempo para tudo aquilo que foi deixado para trás, para tudo aquilo que você sempre quis fazer, mas sempre deixou de lado. Vá em frente! Persiga seus sonhos sem desanimar, é isso que lhe deixará feliz e que dará sabor à sua vida.

     Pois a vida é uma eterna metamorfose. E nós também.

Por Lerissa Kunzler.