Resenha do livro PS Eu Te Amo, de Cecelia Ahern.

     Acabei agorinha mesmo de ler esse livro e ele mal saiu de minhas mãos, já se encaminhou direto para minha lista de favoritos. Curioso para descobrir os motivos para isso? Então não deixe conferir esse post.

     Primeiramente, quero dizer que o que me levou a ler o livro foi o filme, porque era um dos meus preferidos e eu até então desconhecia a história do livro. Quem conhece ambos, deve estar pensando que devo ter me decepcionado muito. Bem, tenho que dizer que nunca vi uma adaptação de alguma obra para os cinemas sair tão diferente da original quanto essa. Vou dizer que apesar de não ter gostado da maioria das mudanças (porque a história original é impecável), mesmo assim ainda gosto do filme. Mas isso somente porque prefiro pensar em ambos, tanto o livro quanto o filme, como histórias separadas, que apenas tem uma raiz em comum.

     A história original é sobre Holly Kennedy. O nome de uma garota que está passando por uma situação pela qual ninguém no mundo deveria passar jamais. Mas infelizmente, é isso que ocorre. Holly perdeu em fevereiro o maior amor de toda sua vida, seu marido Gerry, que acabou partindo mais cedo do que o esperado devido a um tumor no cérebro. Holly se vê perdida, se afasta de tudo e de todos, se encerra em seu apartamento e sofre sozinha com toda sua dor.

     E é então que surge a lista de Gerry. Ela recebe dez cartas, uma para cada mês, que foram escritas por Gerry sem ela saber, quando ele ainda estava vivo. No último dia de cada mês, Holly aguarda ansiosamente a meia-noite, que traz consigo a oportunidade de poder abrir mais uma carta e poder, assim, sentir Gerry próximo a ela novamente. Por meio das cartas de Gerry, ela é guiada através de sua vida podendo, aos poucos, se recuperar de toda aquela dor, encontrando surpresas, descobrindo coisas antes impensáveis e inclusive, fazendo novas amizades.

     Além das cartas de Gerry, Holly conta com o apoio de sua família e amigos e lentamente vai se dando conta de que a vida continua e que ela não poderá se agarrar às lembranças para sempre, por melhor que elas sejam. Ela percebe que uma hora ou outra terá mesmo de encarar a dura realidade e seguir em frente, encontrando seu próprio caminho. Um dia as cartas também chegarão ao fim e ela terá de andar com suas próprias pernas, por assim dizer.

     Para não estragar o gostinho de quem ainda não leu o livro, não posso dar mais muitas informações, embora haja muitos comentários que eu gostaria de fazer. Realmente vários acontecimentos me tocaram na história e isso se deve à forma inteligente como a autora conduz a história, fazendo com que o leitor se sinta cada vez mais curioso a respeito do que vai acontecer. O que achei bacana também é que apesar de o livro ter tudo para ser triste, não é isso que está explícito na história. Ao contrário. Apesar de Holly ter o papel central, a história engloba também um pouco da vida de cada um dos que a cercam e dessa forma, mesmo com o enredo de uma história que apenas parece depressiva, pode-se dizer que a narrativa é alegre. Sim, é isso mesmo.

     Bem, é uma história incrível e a autora tem de fato um talento inquestionável, adorei a forma como a obra foi escrita, misturando acontecimentos recentes com lembranças, além do ritmo contagiante e envolvente da narrativa. A linguagem é super simples e os diálogos são muito bem-feitos, além de ter muitas cenas engraçadas. Vale a pena ler o livro, ou então relê-lo, apenas para observar esses pequenos detalhes. Realmente, é emocionante e é tão bom de ler que a gente termina a leitura com um suspiro de "ahh, pena que acabou."

Por Lerissa Kunzler.