terça-feira, 5 de novembro de 2013

Resenha + parte e trecho favorito de: O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry.

     O Pequeno Príncipe, de Antoine de Sanit-Exupéry é um livro simples, curto e inocente, mas que carrega consigo mais lições do que muitos dos livros maiores, mais grossos e mais difíceis. Este é um livro que conquista a qualquer um pela sua simplicidade, um livro que todos que ainda não leram deveriam ler e os que já leram deveriam reler com frequência. Afinal, não são poucas as vezes em que deixamos de lado muitas das coisas importantes para nós e nos tornamos como as pessoas grandes, esquecendo-nos daquilo que importa. Mas não nos esqueçamos, o segredo é simples: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
     É humanamente impossível não se deixar tocar por esse livro e pela beleza de suas lições. O mundo atual anda tomado por "pessoas grandes", que preferem o mundo dos negócios e das riquezas materiais, ao mundo belo da amizade, da vivência autêntica e das coisas pequenas, simples e mais bonitas.


     Para quem quiser ler, separei uma das minhas partes e um trecho favorito, uma das mais bonitas do livro:
— O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
— Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
— Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
— Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.  
                                                                               ~~~ *** ~~~
E foi então que apareceu a raposa:
— Boa dia, disse a raposa.
— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
— Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
— Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
— Sou uma raposa, disse a raposa.
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
— Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
— Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
— Que quer dizer "cativar"?
— Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
— Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
— Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
— Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
— Criar laços?
— Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
— Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
— É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
— Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
— Num outro planeta?
— Sim.
— Há caçadores nesse planeta?
— Não.
— Que bom! E galinhas?
— Também não.
— Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
— Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos
que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
— Por favor... cativa-me! disse ela.
— Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
                                                                     ~~~ *** ~~~
Por Lerissa Kunzler.

4 comentários:

  1. Este livro é TODO lindo, perfeito!
    Ouso dizer que todo mundo deveria ler este livro, pelo menos uma vez!

    bjs
    http://confraria-cultural.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Concordo com você, esse livro deveria ser lido por todo mundo porque é uma lição de vida, simples mas tocante! hehehe Obrigada pela sua visita, beijos. :D

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  2. Oi. Amei sua resenha.
    Esse livro eu li quando ainda era uma criança e depois outra vez quando jovem( mas ainda sou, só tenho 20).
    O livro é maravilhoso e nos leva a muitas reflexões.
    Parabéns pelo seu blog.

    Bjokas Bee ;)

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    Respostas
    1. Olá, obrigada! Verdade, o livro é incrível e traz muitas lições. Obrigada pela sua visita, beijos! :D

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