Resenha do clássico: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen.

     A resenha que trago hoje é a de um grande clássico da literatura inglesa! Foi uma resenha bem difícil de escrever e justamente pela obra ser tão fantástica, acabei demorando um pouco a encontrar as palavras certas para descrevê-la como merece. Mas por fim, acabei tendo que resumi-la para não ficar extensa demais. hehehe

     Foi o primeiro livro de Jane Austen que eu li e o que me levou a ele foi a ótima e fiel adaptação cinematográfica do livro - que eu assisti antes, porque não me decidia se devia ou não ler o livro, que agora se tornou um de meus favoritos. Austen retrata de uma forma única a época e a forma como se vivia, há mais de dois séculos atrás. Convenhamos, um obra escrita há tanto tempo e que vêm encantando leitores até os dias de hoje, só pode ser sensacional! E realmente é.

     Austen é um perfeito modelo e exemplo de inspiração, ainda mais considerando o estilo de vida que ela levava naquela época. Com certeza, lerei todas as obras dela. Vamos conhecer mais a respeito dessa obra única?

Sinopse: Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

     Elizabeth Bennet, carinhosamente chamada de Lizzy é a personagem principal dessa obra. A família Bennet, que reside em Longbourn, é composta - além do Sr. e da Sra. Bennet - por cinco moças, sendo elas Jane, Lizzy, Mary, Kitty e Lídia. O romance se passa em uma época em que o nome da família tinha grande relevância a nível social e onde a única maneira para uma moça ter um bom futuro era tendo um bom casamento. Desse modo, quando o jovem Mr. Bingley chega a Netherfield, a Sra. Bennet - que é uma espécie de mãe que não deseja outra coisa além de ver as filhas bem casadas - fica eufórica para apresentá-las a ele. A oportunidade acaba chegando em um baile próximo. Mr. Bingley logo se encanta por Jane e Lizzy acaba por conhecer o exótico Mr. Darcy - amigo de Mr. Bingley - que fora uma das pessoas que acompanharam o mesmo em sua viagem. A princípio, devido às maneiras um tanto excêntricas de Mr. Darcy e de ser rejeitada por ele, Lizzy o julga um orgulhoso sem limites.

     Porém, há muitos argumentos contra o romance de Bingley e Jane. Além da oposição de Caroline - irmã de Bingley, devido a posição inferior de Jane, também há as maneiras um tanto histéricas e embaraçosas da família, especialmente da Sra. Bennet e das irmãs mais novas. Mas a história não se resume a esse romance e muita coisa acontece além disso. Logo, as coisas mudam um pouco com a chegada de Mr. Collins, um parente dos Bennet, que possivelmente herdaria tudo em Longbourn se, eventualmente, Sr. Bennet falecesse. Além de Mr. Collins, também conhecemos com a chegada dos oficiais, Mr. Wickham, que logo conquista a amizade dos Bennet, que, no entanto, não imaginam o que ainda está para acontecer.

     Por mais improvável que fosse, Mr. Darcy acaba se apaixonando aos poucos por Elizabeth, sua vivacidade e sua maneira determinada de defender àqueles a quem ama. Eles são o exemplo mais vivo de par perfeito e de que os opostos se atraem. No decorrer da história, Lizzy vai descobrindo que Mr. Darcy era bem diferente daquele que ela imaginava que fosse e descobre muito a respeito dele, passando a admirá-lo.

     O roteiro da história foi muito escrito e sempre há algo novo acontecendo, de modo que a história não se torna repetitiva em momento algum. Os personagens são tão bem-feitos que parecem ser reais e são encantadores - não há como admirar Lizzy e não se encantar por Mr. Darcy. Por fim, só tenho a dizer que Austen é mesmo um gênio e serve como um ótimo exemplo para nós hoje em dia. Esse livro me surpreendeu e me cativou de uma maneira única, e sem dúvida alguma se tornou um dos meus favoritos.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

Por Lerissa Kunzler.