Da autoria de Lerissa Kunzler
Um olhar parado, perdido.
Olhos que se fixam no horizonte e que lá se perdem, em meio à bruma de um mar esquecido. Olhos que se prendem aos pássaros que se vão para nunca mais voltar e que se enchem com a saudade já tão palpável quanto as flores silvestres do campo.
Olhos que carregam a dor dos que sofrem, dor que se esvai em lágrimas salgadas.
Olhos indiscutivelmente sinceros, mas tremendamente difíceis de se compreender.
Um olhar perdido, tão perdido quanto os sonhos esquecidos, pelos quais ninguém mais suspira.
Olhos viajantes que, ao se fixarem em lugar nenhum, se ausentam para passear em meio às nuvens, mergulhando em realidades jamais vistas.
Um olhar fixo. Que pensa, que sonha, que chora e que sofre, mas que também sorri. Um olhar que, por ser tão calado, enxerga muito além do que os outros podem ver.

Um simples olhar, mergulhado em um oceano de sensações do presente, lembranças do passado e esperanças de um melhor futuro.
Uma imensidão... Tão grande, tão profunda.
Mas que cabe toda em um olhar.
Que lindo, me senti tocado com tamanha sensibilidade e profundida. De fato, na simplicidade, diferente do simplório, é que reside toda complexidade, porque o simples encapsula o complexo que vc exala com tanta sabedoria, luz e leveza. Parabéns.
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