sábado, 13 de janeiro de 2018

Sobre o livro: A arte da guerra, de Sun Tzu

Título: A arte da guerra
Título original: The art of war
Autor: Sun Tzu
Editora: Nova Fronteira
Edição: 23ª edição
Ano: 2017
Número de páginas: 96
Sinopse: A arte da guerra é considerado o tratado definitivo no que se refere às táticas militares da época em que foi elaborado. Mas a obra vai além das questões militares para abranger também os campos dos negócios, da política, da diplomacia, dos esportes, ou qualquer área da atividade humana que envolva competição. Escrita por Sun Tzu no século IV a.C., a obra exerce grande influência no pensamento ocidental e é até hoje uma das maiores referências sobre estratégia, planejamento e liderança.
Avaliação do NMW:    
"O verdadeiro objetivo da guerra é a paz."
     A arte da guerra é um clássico milenar, tendo sido escrito na época antes de Cristo por Sun Tzu, um general chinês especialista em estratégias. No decorrer dos séculos foi lido e relido e ainda o é nos dias atuais, sendo que os conhecimentos que traz permanecem muito vivos até hoje.
     Sendo um tratado militar, a obra não é muito longa e é aquele livro que você relê frequentemente. É também um livro com linguagem direta e objetiva, o autor traz seus ensinamentos "direto ao ponto", sem andar em círculos nem trazer explicações muito longas - do tipo: se compreendeu, compreendeu, se não, leia de novo.
     A edição que eu li, da foto acima, faz parte de um box lançado pela Nova Fronteira no ano passado (foto ao lado), junto a outros dois clássicos: O príncipe, de Nicolau Maquiavel e O livro dos cinco anéis, de Miyamoto Musashi, sendo A arte da guerra o primeiro do box que li.
"Toda luta é baseada em algum truque. Assim, se estivermos prontos para o ataque, devemos parecer incapazes; ao usar toda nossa força, devemos dar a impressão de inatividade; quando estivermos próximos, é preciso que o inimigo pense que estamos longe; quando estivermos longe, ele deverá achar que estamos próximos." (p.20)
     No mundo atual não vivemos mais a guerra do jeito que o general chinês certamente conhecia - aquele em que o maior tentava sempre dominar o mais fraco e assim expandir seus domínios e suas forças - mas, de diversas formas, as guerras ainda existem em nosso mundo - de modo literal ou não. O autor do prefácio da edição que li chega até mesmo a trazer essa "guerra" para um contexto ainda mais próximo: o da vida pessoal ou relacionando-o ao mundo dos negócios.
"Lutar todas as batalhas não é um comportamento de excelência; a suprema excelência consiste em quebrar a resistência do inimigo, sem luta." (p.27)
     Seja qual for o sentido que você der ao termo "guerra" ou quem que seja seu "inimigo", A arte da guerra é uma daquelas obras que, sem sombra de dúvidas, podem ser lidas de infinitas maneiras e aplicadas ao mais diversos contextos - levando-se sempre em consideração, porém, que a obra foi escrita há mais de dois milênios e que, portanto, alguns conhecimentos já não mais aplicáveis e não devem ser entendidos literalmente (como o de executar o espião que revelar uma informação antes da hora, para citar um exemplo).
"É por isso que, na guerra, um estrategista vitorioso só procura a batalha quando seus planos indicam a possibilidade de uma vitória. E é por isso que aquele destinado ao fracasso luta antes de ter planos cuidadosos, achando que a vitória pode acontecer sem isso." (p.35)
     De forma geral, além de mostrar estratégias e como estas podem ser traçadas de forma a virem a ser bem-sucedidas, essa é também uma obra que ensina a pensar e, mais ainda, a avaliar suas alternativas, o que tem em mãos e o que pretende alcançar, de modo a, a partir disso, considerando o contexto, as vantagens e possíveis dificuldades, finalmente fazer o seu movimento - esse seria, em suma, o modo de agir de um bom estrategista, como Sun Tzu o descreve.
"na guerra, deixa-se o mais forte para depois, começando o ataque pelo ponto mais fraco." (p.47)
     A obra possui treze capítulos, cada qual abordando um aspecto diferente, relacionados à arte de guerrear - desde o desenvolvimento de planos, o uso de estratagemas e disposições táticas, até a escolha de território, o uso de espiões ou como saber quando avançar e quando recuar, dentre dezenas de outros tópicos.
"Tenhamos a rapidez do vento, a compactação de uma floresta. Em questão de assaltos e invasões, sejamos como o fogo e, quando parados, como uma montanha." (p.51)
     Eu, particularmente, não li a obra buscando interpretá-la sob outro ponto de vista, nem de trazê-la para a realidade atual, ao contrário, desfrutei de sua leitura buscando compreender os estratagemas e conhecimentos do modo como Sun Tzu os apresentou - mas, como mencionado anteriormente e inclusive na própria sinopse da obra, este é um clássico que permite inúmeras leituras e não há melhor maneira de se referir a isso a não ser dizendo que, ao realizar a leitura de A arte da guerra, o leitor pode escolher, dentre infinitas opções, qual lente irá utilizar, ou seja, sob que ponto de vista pretende ver os conhecimentos de Sun Tzu. Também é, sem dúvida, aquela típica obra que você vê algo novo a cava nova leitura.
"Pense em seus soldados como seus filhos, e eles irão segui-lo para onde for. Cuide deles como se fossem filhos amados, e eles ficarão a seu lado até mesmo na morte." (p.71)
     Não é por nada que A arte da guerra é um clássico milenar. Sua aplicabilidade e sua atualidade são surpreendentes. Uma leitura obrigatória para fãs de clássicos, líderes, empreendedores ou qualquer um que queira ampliar sua mente.
"Alterando seus arranjos e disposições e mudando seus planos, ele faz com que o inimigo não consiga um conhecimento preciso de quais serão seus movimentos. Ao mudar um acampamento de lugar, ao usar estradas tortuosas e indiretas, ele impede que o inimigo se antecipe a seus propósitos." (p.79)
     Separei diversos trechos da obra para que se tenha uma melhor noção de seu teor, mas deixei os trechos mais aplicáveis a nossa própria realidade, por assim dizer, para uma postagem especial que sairá em breve sobre os 13 ensinamentos de A arte da guerra que você pode trazer para sua vida. Embora eu tenha lido a obra pelo ponto de vista da estratégia militar, foi impossível ao reler alguns trechos, não relacioná-los a nossa própria realidade, pois, sim, mesmo tendo mais de 2 milênios de idade, eles ainda são perfeitamente aplicáveis.
"Porque é justamente quando a força cai nos braços do perigo que ela se torna capaz de dar um salto para a vitória." (p.83)
Por Lerissa Kunzler

2 comentários:

  1. Oi Lerissa,
    Eu li esse livro na época de faculdade, não gostei muito, confesso.
    Sou mais leitora de histórias com personagens, sabe? Me envolvo mais.
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oi, é um bom livro, mas é mesmo bem diferente das histórias comuns. Até porque foi escrito por um general há dois milênios... Mas é sempre bom conhecer novos livros.
      Obrigada pela visita!

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