terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Resenha do livro O Guardião do Tempo, de Mitch Albom

Quinto livro lido e resenhado para a Maratona Literária 
#EuTôDeFérias - Parte II

Título: O Guardião do Tempo
Autor: Mitch Albom
Editora: Arqueiro
Edição: 1
Ano: 2013
Nº de páginas: 240


“Tente imaginar a vida sem a contagem do tempo.
É provável que você não consiga. Você sabe o mês, o ano, o dia da semana. Há um relógio na sua parede ou no painel do seu carro. Você tem uma agenda, uma folhinha, um horário para jantar ou assistir a um filme. 
À sua volta, porém, a contagem do tempo é ignorada. Os pássaros não se atrasam. O cão não consulta o relógio. Os cervos não se inquietam com aniversários. 
Só o ser humano mede o tempo. 
Só o ser humano repica o som das horas. 
E por isso só o ser humano sofre de um medo paralisante que nenhuma outra criatura suporta. 
O medo de que o tempo se esgote.”
Sinopse: Dhor sempre foi obcecado por enumerar coisas. Quando percebeu um padrão entre o nascer e o pôr do sol – que se repetiam um após o outro, infinitamente –, ele aprendeu a contar os dias. Ao descobrir que a lua mudava de forma e depois voltava ao seu formato original, passou a contar os meses.Sem saber, movido por uma curiosidade ingênua, Dhor estava aprisionando a maior dádiva de Deus: o tempo. E pagaria um preço alto por isso, sendo banido para uma caverna durante seis milênios. Imune aos efeitos dos anos, passava seus dias sozinho, forçado a ouvir as vozes das pessoas implorando por mais minutos, mais dias, mais anos – querendo esticar os momentos de felicidade e encolher os instantes de sofrimento. Depois de compreender o mal que havia criado ao fazer a vida girar em torno de um relógio, Dhor é mandado de volta à Terra com uma missão: ensinar a duas pessoas o verdadeiro sentido do tempo. Ele escolhe uma adolescente desiludida, prestes a pôr fim à própria vida, e um homem de negócios rico e poderoso que pretende desafiar a morte e viver para sempre. Cada um à sua maneira, eles precisam entender que o tempo é um dom precioso, que não pode ser desperdiçado nem manipulado. Para salvar a própria alma e concluir sua jornada, Dhor precisará salvá-los. Antes que o tempo se esgote – para todos.
"Esse tempo que não passa!"
"Minha nossa, já é essa hora, falta muito pouco!" 
"Preciso de  mais tempo!"
"Não tenho tempo para isso!"

     Quem nunca exclamou algo assim? Quem nunca quis que o tempo fosse mais lento ou que passasse mais rápido? Ou até que voltasse atrás?
     Desde  que a humanidade aprendeu a medir o tempo, surgiu também a insatisfação. Nunca estamos satisfeitos com o tempo que temos - ou que não temos. Sempre queremos mais. O Guardião do Tempo é justamente um livro que fala sobre isso, sobre a existência do tempo e sobre o quanto somos infelizes por não sabermos aproveitar nosso próprio tempo.
“Nunca é tarde demais nem cedo demais. É quando deve ser.”
     O livro conta a história de Dhor, o homem que descobriu o tempo, por assim dizer. Ele observava o mundo à sua volta e aos poucos foi percebendo um padrão: o sol voltava a nascer e a se pôr sempre em um mesmo horário; as luas voltavam a se repetir depois de certo período de tempo... Dessa forma, ele começou a fazer marcações e, aos poucos, começava a medir o tempo.
     Porém, ele percebeu tarde demais que aquilo não era bom. Quando as pessoas começaram a medir o tempo, perdeu-se o encanto que cada novo dia trazia consigo e as pessoas ao invés de se sentirem satisfeitas com o tempo que possuíam e aproveitar o agora, estavam sempre com os olhos voltados para o amanhã e preocupadas com o tempo que lhes restava.
“Todos sentimos saudade do que perdemos. Mas, às vezes, esquecemos o que possuímos agora.”
    Dhor, sendo o culpado por toda a infelicidade trazida juntamente com o início da contagem do tempo, é condenado a ficar em uma caverna por milênios, longe de Alli - o amor de sua vida - e sendo obrigado a escutar os lamentos das pessoas no decorrer dos séculos: algumas pedindo por mais tempo, outras desejando que passe mais rápido, outras descobrindo que possuem pouco tempo de vida, enfim...
     Após centenas de séculos, Dhor compreende as consequências de sua descoberta e, após isso, ele possui ainda uma missão a cumprir. Dhor volta à Terra e agora deve fazer com que as pessoas compreendam o verdadeiro sentido do tempo.
“Com o tempo infinito, nada é especial. Sem perda nem sacrifício, não podemos apreciar o que temos.”
     No decorrer do livro, acompanhamos três histórias simultâneas. A de Dhor, que tudo começou e cuja história também se mesclará com a dos outros dois. Os outros dois são Sarah, uma adolescente que sofria bullying e, devido à rejeição de seu namorado, queria acabar com a própria vida; e Victor, um dos caras mais ricos do mundo que descobriu que tinha pouco tempo de vida e agora buscava driblar a morte para poder viver mais tempo. São dois casos completamente diferentes, mas que possuem algo em comum: o tempo. Sarah quer eliminar o tempo que lhe resta, já Victor pretende prolongá-lo além do que lhe é possível.
“– Há uma razão para Deus limitar nossos dias.– Qual?– É para tornar cada um deles precioso.”
     Dhor escolhe Sarah e Victor para cumprir sua missão. O ponto alto da história consiste justamente nisso: como Dhor irá fazer com que Sarah perceba que sua vida ainda possui uma saída? E como ele convencerá Victor de que a ideia maluca dele para prolongar a própria vida não vale a pena?
     Este é um livro simplesmente fantástico e que, além de possuir uma história incrível, também faz com que a gente pense em nossa própria vida. Como estamos aproveitando nosso próprio tempo? Estamos fazendo com que ele valha a pena ou estamos jogando tudo pela janela? Será que muitas vezes não somos nós aquelas pessoas infelizes que ficam lamentando o tempo que já se foi ou implorando por mais tempo?
“...depois que começamos a contar as horas, perdemos a capacidade de ficar satisfeitos. Houve sempre uma busca por mais minutos, mais horas, um progresso mais rápido para realizar mais coisas a cada dia. A simples alegria de viver entre as alvoradas se perdeu.”
     O livro, acima de tudo, passa uma belíssima lição sobre o tempo. Temos que aproveitar o agora, sem lamentar o passado ou nos preocuparmos demais com o futuro. O agora é o único tempo que temos e nossa única oportunidade de fazer tudo valer a pena.
Por Lerissa Kunzler

7 comentários:

  1. Oi Lery,
    Como você bem sabe, li esse livro ano passado e adorei, sua resenha me deu uma imensa vontade de reler ele, ele é, realmente, uma incrível lição e sempre que começo a reclamar sobre a falta ou sobra de tempo eu me lembro dele, é um dos meus queridinhos da vida... fico muito feliz que você tenha gostado ^^
    Grande abraço!!

    href="http://leitorantissocial.blogspot.com.br/" target="_blank">Leitor Antissocial

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    1. É um ótimo livro, eu também adorei ele! hahaha Eu também lembro dele sempre que reclamo ou ouço alguma reclamação sobre o tempo! hahaha
      Com certeza uma leitura que vale muito a pena!! xD
      Obrigada pela visita, abraço!! :D

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  2. Oi! Tudo bem?
    Eu só passei aqui para lhe avisar que te indiquei em um post.

    Confere aí no umbaixinhonoslivros.blogspot.com.br/2015/01/selo-fofo.html
    Espero que goste da indicação.

    Bjs

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    1. Olá, tudo ótimo e vc??
      Opa, muito obrigada, vou lá conferir!! xD
      Obrigada por lembrar do NMW!! :D

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  3. Oi Lerissa, tudo bem? :)
    Eu ainda não li esse livro, mas já vi diversas críticas positivas a respeito. Eu sempre gosto de livros que tratem da questão do tempo, porque muitas pessoas acabam desperdiçando e ele é um dos nossos bens mais preciosos.

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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    Respostas
    1. Olá, tudo ótimo e vc?? :D
      É bem verdade e esse livro ensina essa mesma lição, mas de uma forma muito marcante! Ele trata da questão do tempo de uma maneira simplesmente única.
      Vale a pena conferir!! :D
      Obrigada pela visita!! xD

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